Descrição
Em [In]sanidade e espelhos, o olhar surge como um processo de conhecimento, de autoconhecimento e de criação que é espelhado: torno-me visível a mim através do olhar que o outro desfere sobre mim – equação que irá se complexificar ao longo dos poemas. E a cada olhar, quiçá insano e fragmentado, o outro também se reconhece. Se a linguagem – reza a linguística – provém da palavra cuja a escrita seria apenas uma organização, a poesia de Alessandro Lisboa insurge-se tomando outro caminho – não o da linguagem ou da comunicação – mas o da escrita, da significância, do esboço, e, por isso mesmo, punge a própria linguagem.